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07 Julho 2011
José Maria Neves visita a Timor-Leste no início de 2012 Estabelecer o programa de cooperação entre Cabo Verde e Timor-Leste é o principal propósito da visita de uma delegação ministerial, chefiada pelo primeiro-ministro, José Maria Neves, àquele país insular asiático. Esta foi a promessa deixada pelo chefe de governo no final do encontro com o Presidente Ramos Horta, que não negou um investimento futuro em Cabo Verde.
“Finanças públicas no planeamento estratégico para o desenvolvimento, o desenvolvimento do capital humano, dos recursos humanos, e aqui temos a possibilidade de alargar imenso a cooperação, no domínio da descentralização, temos uma experiência muito positiva, e também na área da governação electrónica”, publicitou José Maria Neves como principais áreas em que Cabo Verde vai cooperar com Timor-Leste.
A garantia foi dada, ao asemanaonline, pelo Primeiro-ministro no final do encontro com o Presidente Ramos Horta. Na área da governação electrónica, José Maria Neves apontou a Casa do Cidadão e o NOSi (Núcleo Operacional da Sociedade de Informação) como exemplos e adiantou que Timor-Leste “tem neste momento uma grande dinâmica económica e de transformação em cooperar com Cabo Verde nesses domínios, como a descentralização em que há um reforço do Estado timorense para avançar nessa dinâmica”, explicou.
Neste sentido, José Maria Neves adiantou que “haverá a possibilidade de poder formar quadros cabo-verdianos para trabalhar especificamente com os amigos de Timor-Leste”. “Ficou assente a ida a Timor de uma delegação interministerial para analisarmos com os nossos amigos um quadro concreto e estabelecermos um programa de cooperação”, sublinhou.
No início do próximo ano, uma delegação chefiada pelo primeiro-ministro irá a Timor-Leste para “fechar um acordo de cooperação nestes vários domínios”.
O Presidente da República de Timor-Leste, que termina esta quarta-feira a sua primeira visita de Estado, concordou com as áreas enumeradas por José Maria Neves e reforçou que “o que falta a Timor e não falta a Cabo Verde são os recursos humanos”.
“Até mesmo a experiência das autarquias, onde ainda estamos a dar os primeiros passos e deparamo-nos com enormes dificuldades, ainda não fizemos sequer eleições, pensou-se fazer em 2009, 2010, mas decidiu-se adiar, precisamente, por falta de recursos humanos”, exemplificou.
Ramos Horta admitiu que o seu país “é novo que tem como maior obstáculo, frustração, ao desenvolvimento a falta de recursos humanos e aí, Cabo Verde, com a sua experiência concreta e abundância em recursos humanos pode elaborar um acordo de parceria que seria financiado por Timor Leste ou por terceiros, como a comissão Europeia ou outros países”.
Na área do financiamento o chefe de Estado timorense afirmou que o governo “procura diversificar o investimento de fundo do petróleo, apesar de ter recursos modestos que sempre foram geridos com prudência”, e essa diversificação passa por “investir em países de alta segurança, alta credibilidade e Cabo Verde é um desses países”.
IMN
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