quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Próximas eleições vão determinar capacidade de timorenses gerirem o seu futuro - CNRT

Díli, 12 out (Lusa) - O secretário-geral do Conselho Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), Dionísio Babo, disse hoje à Agência Lusa que as eleições presidenciais e legislativas do próximo ano vão determinar a capacidade dos timorenses para gerir o seu futuro.

"Timor como país independente vai gerir sozinho estas eleições, claro com a ajuda da comunidade internacional, mas o que vamos ver são duas eleições organizadas pelas instituições do país e eleições que vão determinar se o povo tem potência para se desenvolver para melhor no futuro ou não", afirmou Dionísio Babo.

Lembrando os problemas verificados em eleições anteriores, o secretário-geral do CNRT, partido que lidera a coligação governamental, disse acreditar que nas eleições do próximo ano "não vai acontecer nenhuma coisa".

"Isto vai ser como um teste para o país para declarar ao mundo se já pode operar sozinho no futuro ou se ainda precisa de algum apoio para desenvolver as suas instituições, que ainda são muito frágeis", destacou.

Questionado sobre se o CNRT está preocupado com a segurança nas eleições gerais em 2012, Dionísio Babo respondeu que o partido "não está nada preocupado".

Segundo o secretário-geral, nos últimos três anos o partido tem feito uma campanha para que haja "estabilidade, reconciliação nacional e unidade nacional".

"A maioria do povo timorense já está cansada de conflito e eles querem que Timor seja um país de estabilidade, um país de paz, um país onde não haja mais conflito no futuro", disse.

Questionado pela Lusa sobre o fim da Missão Integrada da ONU para Timor-Leste (UNMIT), previsto para o final de 2012, Dionísio Babo disse que "já é altura de os timorenses tomarem conta da sua própria casa, da sua própria cozinha".

"Mas isso não quer dizer que vamos deixar totalmente o apoio da comunidade internacional", sublinhou.

Segundo o secretário-geral do CNRT, "é bom que a comunidade internacional mantenha um pequeno gabinete em Timor para ajudar o Governo timorense a preparar as suas coisas".

Nas últimas eleições legislativas, em 2007, a Frente de Libertação do Timor-Leste Independente (FRETILIN) venceu o escrutínio, mas o CNRT, liderado por Xanana Gusmão, é que foi convidado a formar Governo, na sequência de uma coligação pós-eleitoral que dava a maioria parlamentar àquela associação política.

MSE.

Lusa/fim

Secretário-geral do CNRT confiante em maioria absoluta nas próximas legislativas


Díli, 12 out (Lusa) - O secretário-geral do Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), Dionísio Babo, manifestou hoje à Agência Lusa a convicção de que o partido vai ganhar as eleições legislativas do próximo ano com maioria absoluta.

"O CNRT quer apostar para ser o único partido mais votado e estou convencido, 99 por cento, que o CNRT vai ganhar as eleições e porque estou com muita confiança nas condições que o CNRT reuniu até hoje", afirmou à Agência Lusa Dionísio Babo.

Segundo o secretário-geral do CNRT, o "partido vai ganhar com a maioria absoluta" as legislativas de 2012.

Caso o partido não consiga o que está a "projetar", Dionísio Babo disse que avançará para o segundo cenário e vai "trabalhar conjuntamente com outros partidos".

"Caso o CNRT não consiga o que estamos a projetar, acho que podemos ir para um segundo cenário e trabalhar conjuntamente com outros partidos, que também tenham os mesmos objetivos políticos do CNRT para formar um Governo", salientou.

Questionado sobre a possibilidade de uma coligação com a FRETILIN, hoje na oposição, Dionísio Babo disse que em "política tudo pode acontecer", mas salientou que neste momento o CNRT tem "preferência para trabalhar conjuntamente com outros partidos" com quem já trabalhou.

Nas últimas eleições legislativas, em 2007, a Frente de Libertação do Timor-Leste Independente (FRETILIN) venceu o escrutínio, mas o CNRT, liderado por Xanana Gusmão, é que foi convidado a formar Governo, na sequência de uma coligação pós-eleitoral que dava a maioria parlamentar àquela associação política.

Dionísio Babo salientou, contudo, que em relação às coligações o CNRT vai ser mais seletivo.

"Vamos é ser mais seletivos porque estamos conscientes que há muitas dificuldades que estamos a atravessar, segundo há muitas críticas mesmo não fundamentadas na área da corrupção e por isso no futuro o CNRT vai fazer todo o esforço para poder minimizar estas negativas consequências, porque quem está em causa é o povo e por isso estamos a trabalhar para ver se podemos corrigir os erros", explicou.

"Tenho muita confiança de que se o CNRT ganhar as eleições, principalmente as eleições legislativas, nos vamos esforçar para corrigir todos estes erros e vir com uma composição de Governo mais aceitável, mais unificadora e que seja estável", disse.

MSE.

Lusa/Fim
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CNRT pode vir a apoiar candidatura de Taur Matan Ruak, mas decisões só em janeiro - Secretário-geral

Quarta-feira, 12 de Outubro de 2011

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Díli, 12 out (Lusa) - O secretário-geral do Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) disse hoje que não será uma surpresa se o seu partido vier a apoiar a candidatura de Taur Matan Ruak às presidenciais, mas remeteu essa decisão para janeiro.

"A posição do partido irá ser formalmente anunciada depois de uma conferência que vai ter lugar em janeiro de 2012, que irá reunir todos os quadros políticos do partido e de todo o território", afirmou Dionísio Babo à Agência Lusa.

Segundo o secretário-geral do CNRT, durante a conferência "é que se vai decidir se a CNRT irá apoiar qualquer candidato ou vir com o seu próprio candidato para as eleições presidenciais".

Para Dionísio Babo, o general Taur Matan Ruak é uma "figura nacional, uma figura da resistência", acrescentando que também há muitos quadros do partido que fizeram parte da resistência.

"Por isso, não há surpresa se ele vier a ser um candidato potencial do partido, mas isso é uma coisa que vai ser decidida mais tarde", sublinhou.

Dionísio Babo salientou também que o CNRT está aberto a outros candidatos, porque, disse, a "maioria desses nomes que já estão no papel para se candidatem são pessoas que fazem parte da resistência".

"Esperamos mais um, dois meses para ver e o partido decidirá qual será a sua preferência", disse.

O general Taur Matan Ruak, que pediu a demissão da chefia das Forças Armadas no início de setembro, anunciou na segunda-feira que é candidato às eleições presidenciais de 2012 em Timor-Leste.

Nas eleições presidenciais de 2007, o CNRT apoiou José Ramos-Horta, que venceu o escrutínio.

Além de Matan Ruak, também o deputado Manuel Tilman, líder do partido KOTA (União dos Filhos Heróicos da Montanha), anunciou a sua candidatura.

A imprensa timorense tem avançado com vários possíveis candidatos às presidenciais de 2012, sendo apontados o presidente do parlamento timorense, Fernando La Sama Araújo, ou o atual Presidente, José Ramos-Horta, que afirmou recentemente que anuncia em janeiro se se recandidata.

MSE.

Lusa/Fim