segunda-feira, 27 de junho de 2011

CARTA AO SECRETÁTIO-GERAL DAS NAÇÕES UNIDA, PÉREZ DE CUELLAR.


Iha k nia semana ida liu ba hau ata Ilidio X da Costa hetan tan fali email ida ne'ebe mak amo Don carlos Filipe Belo, SDB haruka mai hau konaba karta ne'ebe uluk nia rasik haruka ba ONU iha tinan 1989 atu husu Referendum. Atu hatene saida deit mak nia hakerek iha karta ne'e nia laran, mai ita lee ninia karta iha okos ne'e. 
CARTA AO SECRETÁTIO-GERAL DAS NAÇÕES UNIDA, PÉREZ DE CUELLAR.

Diocese de Díli-Timor Oriental
Dili, 6 de Fevereiro de 1989

                                                      Sua Excelência Dr. Perez de Cuellar
                                                      Dig.mo Secretário-Geral das Nações Unidas
                                                      New York - USA

Excelência:
      Antes de tudo, permita-me que lhe apresente as minhas sinceras e respeitosas saudações.
Tomo a liberdade de escrever a Sua Excelência o  Senhor Secretario Geral para levar aos eu conhecimento que o processo da descolonização de Timor Portugês ainda não está resolvido pelas Nações Unidas e convém não deixá-lo no esquecimento.
Para nós, o Povo de Timor, pensamos que temos de ser consultados sobre o destino da nossa terra. Por isso, como responsável da Igreja católica e, como cidadão de Timor, venho pedir ao Senhor Secretário-Geral, para iniciar em Timor o processo de descolonização o mais normal e democrático que é a realização de um REFERENDUM.
O Povo de Timor deve ser ouvido através de um plebiscito quanto ao seu futuro. Até agora, o povo não foi consultado. São os outros que falam em nome do povo. É a Indonésia que diz que o povo de Timor Timur já escolheu a integração, mas o próprio povo de Timor nunca disse isso. Portugal que deixar ao tempo a resolução do problema. E nós vamos morrendo como povo e como nação.
O Senhor Secretário-Geral é democrata e amigo dos direitos humanos. Sua Excelência que demonstre com factos o respeito pelo espírito e letra da Carta das Nações Unidas que concede a todos os povos deste Planeta o direito de escolherem o próprio destino livre, consciente e responsavelmente.
Excelência, não há modo mais democrático de saber a vontade suprema do povo timorense, que a realização de um REFERENDUM promovido pelas Nações Unidas para o povo de Timor.
      Agradecendo ao Senhor
Perez de Cuellar toda a simpatia para com o povo de Timor, termino renovando os meus cumprimentos.
Com votos de admiração e respeito,

      D. Carlos Filipe Ximenes Belo, SDB
      Bispo Tit. de Lorium
      Administrador Apostólico de Dili

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