Díli, 12 out (Lusa) - O secretário-geral do Conselho Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), Dionísio Babo, disse hoje à Agência Lusa que as eleições presidenciais e legislativas do próximo ano vão determinar a capacidade dos timorenses para gerir o seu futuro.
"Timor como país independente vai gerir sozinho estas eleições, claro com a ajuda da comunidade internacional, mas o que vamos ver são duas eleições organizadas pelas instituições do país e eleições que vão determinar se o povo tem potência para se desenvolver para melhor no futuro ou não", afirmou Dionísio Babo.
Lembrando os problemas verificados em eleições anteriores, o secretário-geral do CNRT, partido que lidera a coligação governamental, disse acreditar que nas eleições do próximo ano "não vai acontecer nenhuma coisa".
"Isto vai ser como um teste para o país para declarar ao mundo se já pode operar sozinho no futuro ou se ainda precisa de algum apoio para desenvolver as suas instituições, que ainda são muito frágeis", destacou.
Questionado sobre se o CNRT está preocupado com a segurança nas eleições gerais em 2012, Dionísio Babo respondeu que o partido "não está nada preocupado".
Segundo o secretário-geral, nos últimos três anos o partido tem feito uma campanha para que haja "estabilidade, reconciliação nacional e unidade nacional".
"A maioria do povo timorense já está cansada de conflito e eles querem que Timor seja um país de estabilidade, um país de paz, um país onde não haja mais conflito no futuro", disse.
Questionado pela Lusa sobre o fim da Missão Integrada da ONU para Timor-Leste (UNMIT), previsto para o final de 2012, Dionísio Babo disse que "já é altura de os timorenses tomarem conta da sua própria casa, da sua própria cozinha".
"Mas isso não quer dizer que vamos deixar totalmente o apoio da comunidade internacional", sublinhou.
Segundo o secretário-geral do CNRT, "é bom que a comunidade internacional mantenha um pequeno gabinete em Timor para ajudar o Governo timorense a preparar as suas coisas".
Nas últimas eleições legislativas, em 2007, a Frente de Libertação do Timor-Leste Independente (FRETILIN) venceu o escrutínio, mas o CNRT, liderado por Xanana Gusmão, é que foi convidado a formar Governo, na sequência de uma coligação pós-eleitoral que dava a maioria parlamentar àquela associação política.
MSE.
Lusa/fim
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