Díli, 17 ago (Lusa) -- O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, é um dos 236 antigos combatentes das Forças Armadas de Libertação e Independência de Timor-Leste (FALINTIL) que vão ser desmobilizados no sábado, segundo um decreto presidencial divulgado em Díli. No sábado, decorrerá em Díli a cerimónia de desmobilização, reconhecimento e atribuição de patentes a 236 homens e mulheres que estiveram envolvidos na luta pela independência do país com a presença de vários elementos da comunidade internacional.
"É altura de expressar solenemente o reconhecimento devido pela vitória alcançada e de erguer bem alto os exemplos de coragem, dignidade e solidariedade, que já são parte do património cultural do nosso povo", lê-se no decreto assinado pelo Presidente timorense, José Ramos-Horta.
Segundo o documento, através da "desmobilização ou reconhecimento dos ex-combatentes das FALINTIL pretende-se, simbolicamente e com solenidade devida, receber em festa aqueles que a luta armada tomou durante anos, para que o seu valor, coragem e espírito de sacrifício possam ser aproveitados na construção da paz e de uma sociedade livre e justa".
"Assim se agradece publicamente tudo quanto deram à luta e assim se entrega à sociedade que agora construímos um dos mais ricos patrimónios com que qualquer Estado pode contar: homens e mulheres com espírito de dedicação a causas nobres, exemplos vivos de coragem e sacrífico nas condições mais adversas", sublinha a presidência timorense.
Além de Xanana Gusmão, vão ser desmobilizados Taur Matan Ruak, atual chefe das Forças de Defesa de Timor-Leste, e Francisco "Lu Olo" Guterres, atual presidente da Fretilin (oposição).
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